Sensualizando e Monetizando
(N.A.: Esse texto é uma sequência desse que é uma sequência desse outro, publicado em 2022. É o terceiro de uma série, sendo desejável ler aqueles primeiro, para ter todo o contexto.)
O post anterior nesta série, foi originalmente escrito e publicado em Abril de 2022 (revisado em Outubro de 2023), e talvez até devido a minha condição de autista, então não diagnosticada, disparou em seguida, um interesse em outra vertente do trabalho sexual, a produção de conteúdo adulto digital (que com a Pandemia de COVID-19, estava em alta desde 2020).
Em Maio de 2022, eu já tinha aberto perfil em duas plataformas brasileiras que hospedam este tipo (mas não só) de conteúdo: uma que se posiciona como concorrente do famoso Onlyfans (que também não é exclusiva de conteúdo adulto) e outra voltada à venda de pacotes ("packs") de imagens e vídeos de teor sensual.
O motivo nem era propriamente financeiro - embora não estivesse, como não estou, dispensando dinheiro extra - mas, mais propriamente curiosidade e algo mais ligado a ser pessoa transfeminina: nunca fui "mulher adolescente/jovem", nunca vivi as experiências dessa faixa etária e gênero percebido. As questões de seduzir, ou simplesmente despertar desejo (que são sim, por demais enfatizadas e exploradas em nossa sociedade, mas que existem, enfim), jamais vivenciei. Digamos que era um impulso mais de massagem de Ego, que de aumento da conta bancária (algo que seria bem vindo, mas não esperado).
No meio do caminho, troquei de cidade, o que deixou as coisas confusas, e a minha pesquisa, entrou em modo lento. Decidi, entretanto, em qual plataforma teria meu conteúdo (se viesse a ter) e até coloquei uma primeira mídia por lá, no final de 2022.
O ano seguinte, 2023, teve seu início marcado por minha exploração e eventual diagnóstico de autismo, além de algumas mudanças no trabalho (que permanecia remoto, mas com mudanças com as quais tive que lidar). Passei o ano considerando, mas sem avançar no (a essa altura) projeto de uma segunda carreira, produzindo conteúdo digital (não só sensual). Com ajuda de minha rede de afetos, produzi algum conteúdo sensual e rascunhei alguns outros.
Tudo ficou arquivado, até...
...2024.
Não costumo fazer metas para o próximo ano. O capitalismo já me obriga a atingir mais metas que gostaria e que consigo lidar com tranquilidade. Mas, mesmo sem traçar nada, comecei o ano voltando a caminhar (meu principal exercício físico por muitos anos), produzindo mais conteúdo sensual, alimentando com o conteúdo arquivado e o recém produzido a plataforma escolhida, e começando a espalhar ativamente o link em redes sociais de bilionário (e tentando aprender a arte de fazer marketing de um tipo de conteúdo que essas redes não aprovam)...
E as perguntas que (talvez) não queiram calar:
- Vou produzir conteúdo explícito (+18), solo ou com as ditas "colabs" com outros criadores?
Estou apenas começando. Se encontrar público/assinantes interessantes, não vejo problemas. - Vou fazer atendimentos pessoais (virtuais ou presenciais) se surgirem propostas/oportunidades?
Acho difícil (e já discorri sobre isso no texto anterior dessa série), mas não vou dizer que é impossível. Sem dúvida, não é nada impensável.