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Visibilidade Trans 2017 (2)
Mais Reflexões

O dia 29 de janeiro é consagrado, no Brasil, como o Dia da Visibilidade Trans em referência ao lançamento da campanha “Travesti e Respeito” do Ministério da Saúde em 2004.
Esta data tem o mote de ressaltar a importância da diversidade de gênero e do respeito aos direitos civis e humanos da população de travestis, transexuais e transgêneros.
Como disse em outro texto, em 2017 há o que celebrar em termos de ganho de visibilidade, para além dos estereótipos. Mas até por isso, para além da celebração, temos que refletir sobre a luta que ainda há pela frente. Refletir sobre nossos caminhos, nossas ações.
É tempo de luto, pelas pessoas trans que ficaram pelo caminho, vítimas das dores que a sociedade nos causa, seja através das violências físicas e morais, mas também pelas pequenas “maldades” do cotidiano (que se somam e doem — e como!).
Vivemos em momento delicado.
A visibilidade obtida é chave para alavancar nossa luta por equidade de direitos (porque é sobre isso: ter cidadania plena e os mesmos direitos que as outras pessoas). Mas ser visíveis também nos torna alvos. Mais que nunca, é preciso união entre pessoas trans e sinergia e articulação com as demais minorias sociais, porque há mais questões que nos unem que aquelas que nos separam.
Também é tempo não de polarizar, mas de contemporizar e trabalhar com aliados (aqueles que antes eram denominadas “simpatizantes”), pois a História mostra que grupos marginalizados que trabalham com aliados dentro do sistema tem maior sucesso.
É tempo de reconhecer as brechas e ocupar os espaços.De mostrar o que há de melhor e de mais humano em nós.
De nos fazer conhecer e saber.Porque queremos simplesmente ser: cidadãos, humanos, gente.
E Trans, sim.Mas principalmente, Pessoas.